TEXTO I
“Os governantes não gostam de ver seus retratos em preto e branco. Só a cores. Alguns olham para o espelho, como a madrasta da Branca de Neve, e perguntam: “espelho, espelho meu, há alguém mais poderoso do que eu?” O deleite que desfrutam na cama do poder acaba desenvolvendo neles uma cultura de fruição e gozo, que lhes enfraquece a capacidade de ver as coisas com isenção, acuidade e objetividade.
Tornam-se imunes à realidade. Cobrem-se com um manto que os deixam em estado contínuo de dormência. O poder provoca delírios e, assim, com o porre mental que lhes faz adormecer, os governantes cometem o primeiro pecado capital. O da insensibilidade. Assim, distanciam-se da racionalidade. Agem por emoção.
Desacostumam-se a ver de longe. Da tênue autoconfiança do início do governo, elevam-se em sua autoestima, sob a crença de que o poder da caneta é seu. Transformam-se em donos do seu pedaço, senhores de capitanias hereditárias. Incorporam o Complexo de Olimpo, o sentimento de que detêm uma aura divina. Com essa identidade, as realizações e programas do Governo deixam de ser algo inerente à função de governar para se transformar em feitos pessoais do governante magnânimo e generoso.”
Disponível em: https://jornal.usp.br/articulistas/gaudencio-torquato/os-pecados-dos-governantes/
TEXTO II
Disponível em: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/foice-e-o-beijo/
PROPOSTA
Com base nos textos de apoio, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “Que características são essenciais para um governante?”, tendo em vista os seguintes aspectos:
• Redija seu texto obedecendo a modalidade culta da língua portuguesa;
• utilize argumentos e fatos para fundamentar seu ponto de vista;
• consulte seu edital para dissertar de acordo com o número de linhas exijido pela banca avaliadora; e
• dê um título ao texto, caso essa seja uma exigência do seu edital.