TEXTO I
Na prática, o etarismo acontece quando pessoas são excluídas de vagas de emprego por conta da idade, quando idosos são descredibilizados em suas falas e opiniões por “não terem mais consciência” , quando dizem que uma pessoa “deixou de ser bonita” apenas por ter envelhecido e até mesmo quando pessoas mais velhas são classificadas como “inapropriadas” por darem início a algo novo – como uma faculdade, uma carreira, um relacionamento, etc.
No Brasil, o etarismo começa até mesmo antes de as pessoas chegarem à terceira idade. De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), 16,8% dos brasileiros com mais de 50 anos já se sentiram vítima de algum tipo de discriminação ligado à idade.
Disponível em: https://www.natura.com.br/blog/mais-natura/etarismo
TEXTO II
Em 2021, o Brasil tinha 14,7% da população com 60 anos ou mais, representando, em números absolutos, 31,23 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE. O aumento foi de 39% quando comparado aos nove anos anteriores à publicação da pesquisa, e projeções já indicam que não apenas o País está passando por uma transição demográfica, como até 2030 deverá ter a quinta população mais idosa do mundo. Mesmo assim, o etarismo, ou preconceito e discriminação por conta da idade é algo muito comum. O assunto tomou repercussão a partir de um vídeo no qual três estudantes mais jovens debocham de uma colega de classe por ter 45 anos, em uma universidade particular em Bauru, no interior de São Paulo.
Como explica o professor Egídio Dórea, coordenador do Programa USP 60+ da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP e da Comissão de Direitos Humanos da Universidade, o idadismo – outro nome para etarismo – é o mais frequente e universal dos preconceitos, porque não depende da cor da pele, nacionalidade, renda, orientação sexual ou religião. “O mais prejudicial desse preconceito é que ele acarreta, para as vítimas, uma série de consequências dos pontos de vista de saúde mental”, relata o professor, como depressão, solidão e declínio cognitivo.
É algo que não deve ser considerado uma brincadeira qualquer, porque há o componente afetivo da pessoa que perpetua o preconceito de se sentir ameaçada pela velhice e não ver o envelhecimento como algo positivo. Um dos fatores de perpetuação desse preconceito, diz Dórea, é o estereótipo que cerca a velhice como sendo um momento debilitante, de doenças e aposentadoria, vista como negativa. “São pequenas ações que mostram o preconceito que, para você que está fazendo, não é importante, mas, para a pessoa que está recebendo e que já tem ela mesma esses estereótipos interiorizados, é muito importante”, alerta ele.
Disponível em: https://jornal.usp.br/radio-usp/etarismo-e-o-mais-frequente-e-universal-dos-preconceitos/?utm_source=chatgpt.com
PROPOSTA
Com base nos textos de apoio, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “Etarismo em evidência no Brasil”, tendo em vista os seguintes aspectos:
• Redija seu texto obedecendo a modalidade culta da língua portuguesa;
• utilize argumentos e fatos para fundamentar seu ponto de vista;
• consulte seu edital para dissertar de acordo com o número de linhas exijido pela banca avaliadora; e
• dê um título ao texto, caso essa seja uma exigência do seu edital.