Crise migratória: desafios para a segurança e a atuação militar

TEXTO I

Os refugiados são imigrantes, mas nem todo imigrante é um refugiado. As pessoas que saem de seus locais de origem por questões sociais e econômicas, e por livre e espontânea vontade, são imigrantes. Os refugiados são forçados à migração por sofrerem iminente risco de morte e perseguições, por diversas causas, em seus locais de origem, geralmente devastados por conflitos armados ou dominados por organizações criminosas.

A Organização das Nações Unidas (ONU) já considera a crise dos refugiados a crise humanitária mais intensa do século. Em 2016, o volume total de pessoas que havia caído na condição de refugiado chegou a 65,6 milhões. A própria ONU estima que a última crise migratória de tamanha proporção deu-se durante a Segunda Guerra Mundial.

Dados de 2016 levantados pela ONU indicavam que 3/4 da população síria necessitavam de ajuda humanitária por estarem em condição de refugiados. A Síria foi o centro do problema por ter eclodido lá uma guerra entre entidades oficiais do governo representadas pelo exército sírio e uma organização terrorista paramilitar chamada Estado Islâmico.

A crise dos refugiados decorreu e ainda decorre do grande número de imigrantes, principalmente de origem síria, que se deslocou em massa para a Europa, através do Mar Mediterrâneo, de forma precária e com embarcações inseguras. Isso gerou, a priori, um crescimento demográfico intenso e rápido da região próxima ao mar e depois de outras partes do continente, causando, dessa forma, repulsa dos europeus, que se baseiam em discursos xenofóbicos, além dos que alegam que os imigrantes roubam os empregos dos cidadãos, entre outros.

Além da Síria, países africanos, como o Congo, o Sudão e a Nigéria, sofrem com conflitos políticos que geram o refúgio. Ainda no Oriente Médio, o Afeganistão é um país com conflitos que envia, hoje, a segunda maior quantia de refugiados para o mundo. Aqui na América do Sul, a crise na Venezuela também tem colocado os cidadãos venezuelanos em situação semelhante.

Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/crise-dos-refugiados.htm

TEXTO II

As ações de cunho humanitário são complexas e se apresentam como um desafio às forças militares. No campo logístico, por exemplo, não há dúvida sobre os imensos esforços demandados pelas crises e desastres humanitários, nos quais os civis necessitam de transporte, alimentação, cuidados médicos e alojamento, dentre outros. Ao mesmo tempo, não há dúvida que a logística humanitária tem nos militares os seus principais executores.

As Forças Armadas do Brasil, em coordenação com a ONU, agências governamentais e outros órgãos civis, têm realizado ações de cunho humanitário, acolhendo os venezuelanos que ingressam no território brasileiro, fugindo da crise da república bolivariana.

Essa complexidade tem trazido ensinamentos às tropas brasileiras, que buscaram adaptar a sua logística de guerra às demandas típicas de um quadro de grande deslocamento populacional, em virtude de crise em país vizinho. Nesse ponto, é importante registrar que a utilização de forças militares em operações humanitárias, tal qual a Operação Acolhida, é uma característica marcante dos exércitos pós-modernos.

Ademais, é fundamental que se entenda a problemática dos fluxos migratórios como um fato que influencia a estabilidade de um país ou de uma região. Os deslocamentos populacionais em massa, principalmente quando resultantes de situações de crise, alteram a dinâmica das fronteiras e causam impactos sociais nos países de destino dos imigrantes. Os crimes transfronteiriços, por exemplo, tendem a aumentar, ao mesmo tempo que as autoridades migratórias e alfandegárias podem apresentar limitações na condução de suas missões constitucionais.

Nesse sentido, as Forças Armadas brasileiras também têm procurado, por meio da Operação Controle, mitigar os efeitos negativos resultantes da entrada crescente de imigrantes na fronteira Brasil-Venezuela. Tropas foram reposicionadas ou reforçadas, postos de bloqueio e controle em rodovias penetrantes foram estabelecidos e o patrulhamento da linha de fronteira foi intensificado com tropas e drones.

Disponível em: https://www.armyupress.army.mil/journals/edicao-brasileira/artigos-exclusivamente-on-line/artigos-exclusivamente-on-line-de-2018/a-utilizacao-do-componente-militar-brasileiro-frente-a-crise-migratoria/#:~:text=As%20For%C3%A7as%20Armadas%20do%20Brasil,da%20crise%20da%20rep%C3%BAblica%20bolivariana

PROPOSTA

Com base nos textos de apoio, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema Crise migratória: desafios para a segurança e a atuação militar, tendo em vista os seguintes aspectos:
• Redija seu texto obedecendo a modalidade culta da língua portuguesa;
• utilize argumentos e fatos para fundamentar seu ponto de vista;
• consulte seu edital para dissertar de acordo com o número de linhas exijido pela banca avaliadora; e
• dê um título ao texto, caso essa seja uma exigência do seu edital.

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