TEXTO I
Hoje onipresente nos estúdios de gravação, o Auto-Tune é um programa que permite tornar anada qualquer cantoria. Ele possibilita, assim, uma espécie de estelionato musical: gente incapaz de acertar uma nota pode, de repente, se apresentar como cantor. Mas não é para sair por aí queimando caixas de Auto-Tune. Produtores consultados pelo site de VEJA garantem: hoje, quem não usa nenhum tipo de correção vocal é exceção. E isso não é necessariamente ruim. O programa pode, sim, ser um aliado da criatividade.
Capaz de deixar redondas faixas que, sem ele, sairiam do estúdio cobertas de arestas, o AutoTune pode ser um grande aliado dos músicos. O problema é que usar o programa tornou-se regra, e não exceção. E toda homogeneização, em arte, é um perigo – ou pelo menos uma chatice. Para se ter uma ideia, no atual top 10 da Billboard, a lista de músicas mais tocadas nos Estados Unidos, todas as músicas usam Auto-Tune. E, em sete delas, o uso é excessivo, com a nalidade de distorcer a voz do artista, não somente aná-la, caso de One More Night, do Maroon 5, Blow Me (One Last Kiss), de P!nk, e Call Me Maybe, de Carly Rae Jepsen, uma das
cantoras que, de tão dependente do recurso, talvez nem existisse sem ele.
TEXTO II

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PROPOSTA
Com base nos textos de apoio, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “A mercantilização da arte e da cultura: o consumo de produtos culturais é guiado mais pelo valor artístico ou pela lógica de mercado?”, tendo em vista os seguintes aspectos:
• Redija seu texto obedecendo a modalidade culta da língua portuguesa;
• utilize argumentos e fatos para fundamentar seu ponto de vista;
• consulte seu edital para dissertar de acordo com o número de linhas exijido pela banca avaliadora; e
• dê um título ao texto, caso essa seja uma exigência do seu edital.